Por Redação | Fonte: MSN
O dólar começou a semana em alta frente ao real, impulsionado pelo avanço da moeda norte-americana no cenário internacional. O movimento ocorre após um acordo entre Estados Unidos e China para a redução temporária de tarifas comerciais, firmado no fim de semana durante encontro entre representantes dos dois países na Suíça.
Às 9h37 desta segunda-feira (12), o dólar à vista subia 0,55%, sendo negociado a R$ 5,6861. Já na B3, o contrato futuro da moeda com vencimento mais próximo apresentava alta de 0,75%, cotado a R$ 5,717.
O mercado reagiu positivamente ao anúncio feito por Washington e Pequim, que concordaram em aliviar as tarifas elevadas impostas desde abril. De acordo com o comunicado conjunto, os EUA irão reduzir as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá suas taxas sobre bens norte-americanos de 125% para 10%. As novas tarifas valerão por um período de 90 dias.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou após as reuniões em Genebra que "ambos os países representaram bem seus interesses nacionais" e destacou o compromisso norte-americano com um comércio mais equilibrado.
O alívio nas tensões comerciais reacendeu o apetite dos investidores por ativos em dólar, gerando pressão sobre o real, apesar de um maior otimismo nos mercados de ações — inclusive no Brasil. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, registrava valorização de 1,03%, atingindo 101,630 pontos.
Outro fator que contribuiu para o fortalecimento do dólar foi a elevação dos rendimentos dos Treasuries (títulos do governo dos EUA), com os investidores reavaliando suas expectativas para a economia americana. O rendimento do título de dois anos, considerado um termômetro das expectativas para a política monetária, subia 12 pontos-base, alcançando 4%. O cenário reduziu a probabilidade de novos cortes de juros pelo Federal Reserve.
Além das questões comerciais, o mercado também monitora de perto o desenrolar de temas geopolíticos, como a possível reunião entre os líderes da Rússia e da Ucrânia ainda nesta semana, na tentativa de avançar em uma solução para o conflito que já dura mais de três anos.
No Brasil, os investidores acompanhavam as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao UOL, enquanto digeriam as atualizações do boletim Focus do Banco Central. A pesquisa trouxe ajustes modestos nas projeções para a inflação de 2025 e indicou a percepção de que o ciclo de alta dos juros foi encerrado com a última reunião do (Copom) em maio.
Fonte: MSN Notícias