O preço dos tênis de maratona usados por atletas quenianos
Os tênis de maratona usados por atletas quenianos chamam a atenção não apenas pela leveza e tecnologia, mas também pelos preços altíssimos . Em um país reconhecido por revelar alguns dos melhores corredores do mundo, os calçados de ponta incluíram símbolos de desempenho — e também de desigualdade entre atletas.
Os tênis mais caros e tecnológicos do mundo
Nos últimos anos, marcas como Adidas e Nike elevaram o padrão dos calçados de corrida, criando verdadeiras obras de engenharia esportiva. Esses modelos utilizam materiais ultraleves e placas de carbono que aumentam o retorno de energia, melhorando o desempenho e reduzindo o esforço muscular.
Abaixo, veja alguns dos modelos mais desejados (e caros) do mercado:
Adidas Adizero Adios Pro Evo 1
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Preço: até R$ 3.999 no Brasil
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Peso: apenas 138 gramas
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Destaque: considerado o tênis de corrida mais leve do mundo , é usado em competições de elite e foi lançado em edição limitada.
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Tecnologia: entressola com espuma Lightstrike Pro e placa de carbono total para máxima eficiência.
O Adizero Adios Pro Evo 1 é tão raro que algumas versões de colecionador chegam a ser vendidas por mais de US$ 750 (cerca de R$ 3.500 ) em lojas especializadas e plataformas de revenda internacionais.
Nike Alphafly 3 Proto
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Preço: acima de R$ 2.500
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Modelo icônico: usado pelo lendário Eliud Kipchoge , recordista mundial da maratona.
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Versão especial: o modelo “Eliud Kipchoge Edition” é ainda mais exclusivo e pode ultrapassar esse valor com facilidade.
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Tecnologia: placa de carbono completa, cápsulas de ar no antepé e espuma ZoomX para propulsão máxima.
O Alphafly é um símbolo da nova era dos “super tênis” — produtos que redefiniram os limites humanos na corrida de longa distância.
Impacto social e tecnológico
A revolução dos super tênis não trouxe apenas avanços tecnológicos, mas também questões sociais importantes, especialmente em países como o Quênia , onde o atletismo é uma das principais fontes de ascensão social.
Tecnologia para poucos
Os atletas quenianos de elite, patrocinados por grandes marcas, recebem esses modelos gratuitamente, o que lhes dá acesso para quem tem de melhor em desempenho.
Por outro lado, os corredores iniciantes enfrentam dificuldades: mesmo os modelos mais simples de corrida custam acima de US$ 100 (cerca de R$ 600) — um valor alto considerando a realidade econômica local.
Desigualdade entre atletas
A diferença de acesso a equipamentos modernos cria um descompasso nas competições , onde a tecnologia do esportivo pode representar segundos preciosos — e, em provas de elite, segundos significam vitórias, patrocínios e oportunidades de carreira.
Assim, enquanto os grandes nomes quenianos competem com tênis ultraleves de R$ 3 mil, muitos jovens talentos ainda correm com modelos comuns, sonhando em um dia calçar os mesmos pares usados pelos campeões.
Os tênis de maratona de alta performance são uma verdadeira revolução tecnológica, mas também um símbolo de desigualdade no mundo das corridas.
Enquanto Adidas e Nike disputam a supremacia da inovação, muitos corredores quenianos continuam superando limites com poucos recursos — provando que, mais do que o tênis, é o talento e a determinação que fazem um campeão .
