O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 15% ao ano. A decisão foi anunciada na noite de quarta-feira (17), após dois dias de reunião entre o presidente do Banco Central e seus diretores.
Na reunião anterior, realizada nos dias 29 e 30 de julho, o Copom já havia optado por interromper o ciclo de aumento da Selic, justificando a medida com base no cenário internacional mais desafiador, especialmente devido às políticas econômicas adotadas pelos Estados Unidos.
As deliberações do Copom consideram diversos fatores, como o comportamento da inflação, a situação das contas públicas, o ritmo da atividade econômica e o contexto externo. Tudo isso é avaliado com base em uma análise do panorama macroeconômico e dos principais riscos envolvidos.
As atas da reunião serão divulgadas em até quatro dias úteis. Esta foi a sexta reunião do Copom em 2025, e a taxa definida valerá pelos próximos 45 dias, até o próximo encontro do comitê.
🔍 O papel da Selic
A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando a taxa é elevada, o objetivo é frear o consumo, encarecendo o crédito e incentivando a poupança. Por outro lado, uma Selic mais baixa tende a estimular a produção e o consumo, tornando o crédito mais acessível, o que pode aquecer a economia.
Vale lembrar que os bancos consideram outros elementos além da Selic ao definir os juros cobrados dos clientes, como o risco de inadimplência, custos administrativos e margem de lucro.
