Os melhores cartões internacionais sem tarifa para brasileiros em 2026

Viajar para o exterior ou fazer compras em sites internacionais pode sair caro — tarifas, câmbio desfavorável, anuidades, IOF, entre outros. Mas há alternativas: cartões internacionais com menor custo possível ou “sem tarifas” escondidas. Neste artigo, vamos explicar o que observar, o panorama atual (2025), dar exemplos de bons cartões, e como escolher o que mais vale para o seu perfil.

  1.  Panorama 2025: o que mudou

Antes de escolher um cartão, é fundamental entender o cenário atual:

  • Em 2025, o IOF sobre compras internacionais com cartão de crédito foi reduzido para 3,38%. (InfoMoney)

  • Porém, houve decisões recentes que alteram esse cenário. O governo uniformizou algumas alíquotas de IOF para diferentes operações internacionais para 3,5%, inclusive para cartões de crédito, débito, cartões pré-pagos, remessas etc. (Direto pra Orlando)

  • O plano anterior de reduzir gradualmente o IOF até zerá-lo em 2028 parece ter sido adiado ou alterado. (Remessa Online)

Isso significa que, embora existam vantagens em usar certos cartões internacionais, não há cartões “isentos de IOF” para compras internacionais (em geral), e tarifas de câmbio e spreads bancários continuam sendo muito relevantes.

2. O que considerar em um cartão internacional “sem tarifa”



Quando dizem “cartão internacional sem tarifa”, normalmente referem-se a cartões que:

  • não cobram anuidade ou que oferecem isenção de anuidade atendendo a certos requisitos;

  • cobram taxas menores de câmbio ou spreads menores — a diferença entre o valor oficial do câmbio e o valor que efetivamente será convertido;

  • não têm tarifas de saque internacional ou que estas são muito baixas;

  • oferecem programas de milhas ou cashback que valem a pena;

  • aceitam uso internacional com segurança e facilidade.

Taxas e custos importantes para verificar

Tipo de custo / taxa Importância para viajante/compras no exterior
Anuidade ou mensalidade Pode “pesar” bastante se for alta.
IOF (cartão de crédito / débito / cartão pré-pago / remessas) Mesmo com redução, ainda é custo fixo – precisa considerar.
Spread cambial / taxa de conversão de moeda Muitas vezes o maior vilão escondido.
Taxa de saque no exterior Se você pretende sacar, importante verificar.
Tarifa de emissão ou envio internacional Para cartões físicos ou adicionais.
Aceitação da bandeira (Visa, Mastercard, etc.) e possibilidade de uso online Nem todos os estabelecimentos aceitam todas as bandeiras ou cartões virtuais.

3. Exemplos de cartões vantajosos

Aqui vão alguns exemplos ou tipos de cartões que se destacam, levando em conta os custos acima. Note que as ofertas podem variar bastante conforme banco, perfil do cliente, região etc.

Atenção: sempre verifique diretamente com o banco ou instituição emissora as condições atuais: anuidade, taxas, benefícios, requisitos de renda, etc.

Cartão / instituição O que se destaca Possíveis desvantagens / quando não vale
Cartões de bancos digitais Geralmente têm custos menores de manutenção, boas opções de conta global, facilidade de uso em apps. Algumas vezes têm limites baixos ou suporte internacional limitado; o spread pode ser maior.
Cartões pré-pagos internacionais Se você carrega moeda ou valor antes, evita surpresas; bom controle de gasto. Tarifa de carregamento, possibilidade de variação cambial; alguns têm custos escondidos.
Cartões de bancos tradicionais com programa de pontos Se você voa bastante ou gasta alto, milhas ou recompensas podem compensar. Anuidade alta; se você não usa bem os benefícios, não vai “cobrir” os custos.
Cartões vinculados a contas globais / fintechs (Wise, Nomad, etc.) Muitas dessas oferecem tarifas cambiais justas, algumas isenções de taxas, uso internacional simplificado. Dependendo da instituição, pode haver tarifa de saque, envio de cartão internacional caro, nem sempre há crédito – alguns são débito.

4. Dicas para reduzir ainda mais os custos

Além de escolher um bom cartão, há estratégias para diminuir o que você vai pagar:

  1. Use débito ou cartão pré-pago quando possível
    Cartões de débito internacionais ou pré-pagos podem ter IOF ou taxas cambiais mais baixas que cartões de crédito, dependendo da instituição.

  2. Antecipe o câmbio
    Comprar moeda estrangeira com antecedência quando o dólar (ou a moeda do destino) estiver num patamar mais favorável pode ajudar.

  3. Evite saques se não for realmente necessário
    Saques internacionais geralmente têm tarifas mais altas e até tarifas fixas por operação.

  4. Aviso prévio de viagem
    Informe seu banco/cartão de crédito que vai usar no exterior para evitar bloqueios.

  5. Use cartões com benefícios que compensam
    Por exemplo, seguro viagem, seguro para locação de carro, concierge, salas VIP… se você usa esses benefícios, eles podem “pagar parte da conta”.

  6. Controle o uso online
    Compras em sites estrangeiros têm câmbio + IOF +, às vezes, taxas de conversão. Compare se vale mais comprar no Brasil ou internacionalmente.

5. Perguntas frequentes

 “Existe cartão que não cobre IOF para compras internacionais?”

Até onde se sabe, com as leis e regulamentos atuais, não há cartão legalmente autorizado para isentar totalmente o IOF em compras internacionais com cartão de crédito ou débito para residentes no Brasil. O IOF é um imposto federal. O que pode variar é a alíquota ou se há isenções específicas em remessas ou operações específicas.

 “Cartão pré‐pago é melhor que crédito para viagem?”

Depende do uso. Cartões pré-pagos podem dar mais controle e evitar surpresas, mas:

  • você precisa “carregar” valor antecipadamente;

  • pode haver taxas de manutenção ou carregamento;

  • nem sempre têm seguro ou benefícios dos cartões de crédito.

 “Spread cambial faz realmente diferença?”

Sim! Muitas vezes ele é o “inimigo invisível”. Se o cartão ou banco aplica um câmbio alto, você pode estar pagando muito mais do que parece só pelo “valor do dólar + IOF”.

Escolher um cartão internacional sem tarifas altas pode fazer diferença no custo total da sua viagem ou nas compras que você faz. Em 2025, o cenário está melhor do que alguns anos atrás, com cortes no IOF (ou ajustes), mas há desafios como spread, taxas escondidas e anuidades.

Resumindo as dicas principais:

  • verifique anuidade, IOF, spread e taxas de saque;

  • opte por bancos ou fintechs que ofereçam contas globais ou cartões pré-pagos;

  • use débito ou pré-pago sempre que fizer sentido;

  • compare bem antes de aceitar ofertas “gratuitas” — pode haver custos escondidos.



Postagem Anterior Próxima Postagem